O gênero Polistes abriga os chamados marimbondos cablocos, vespas de tamanho grande e coloração avermelhada com manchas negras ou amarelas. Abrigam-se em favos simples construídos no telhados ou outros suportes, e são capazes de realizarem diversas ferroadas quando estão em uma situação de perigo. As principais espécies são Polistes carnifex, Polistes versicolor, Polistes lanio lanio, e Polites canadenses cavapyta (Cardoso et al., 2003).

O gênero Polybia é formado por vespas que constroem ninhos com diversos favos e proteção através de uma cobertura externa. Formam colônias com elevado número de indivíduos. As principais espécies são: Polybia occidentalis scutellaris, também chamada de camoatim, é uma vespa de coloração negra e tamanho pequeno com um risco amarelo na região dorsal.

s acidentes só ocorrem após o contato com o ninho; Polybia dimidiata, também chamada de lamborina, é uma vespa grande com cabeça e tórax negros e abdome de coloração avermelhada. São extremamente agressivas, picam simplesmente com a aproximação ao ninho que geralmente é construído em pastos e cerrados; Polybia nigra; Polybia paulista; Polybia sericea; Polybia minarum; Polybia lugubris; Polybia rejecta e Polybia fasciata.

Já o gênero Stelopolybia é composto por espécies agressivas com tamanhos variáveis e que formam colônias extensas com milhares de indivíduos. Estabelecem seus ninhos em grutas, barrancos, cavidades, árvores, cupinzeiros e em estabelecimentos abandonados. A espécie principal é a Stelopolybia vicina, também chamada por caçununga, é a espécie mais conhecida e temida, pois são muito agressivas e apresentam uma picada extremamente dolorosa. Apresentam tamanho pequeno, com cerca de 1 cm de comprimento e sua coloração é negra com manchas amareladas por todo o corpo. Já foram registrado óbitos para pessoas atacadas por enxames de Stelopolybia vicina (Cardoso et al., 2003).

Apesar de existirem espécies mais agressivas, todas as picadas de vespas são similares e o envenenamento por picadas múltiplas pode ocasionar acidentes graves à vítima. Além disso, é possível a existência de uma hipersensibilidade da vítima à picada de uma determinada espécie, o que pode levar a um choque anafilático e posterior óbito em determinados casos.

Reações da picada de Marimbondo

Os acidentes provocados por vespas são divididos em duas categorias de manifestações clínicas, as reações tóxicas atribuídas à ação do veneno e as reações de hipersensibilidade decorrentes a alergia presente na vítima. Em reações tóxicas, após a picada há a presença de dor local, formação de edema e um aspecto avermelhado da região, persistindo por algumas horas. Entretanto, o paciente pode apresentar reações sistêmicas se picado por diversos indivíduos da mesma espécie, que se inicia com calor e rubor pelo corpo. Seguem-se náuseas, vômitos, cólicas abdominais, dor de cabeça, aumento do batimento cardíaco que pode eventualmente evoluir para choque anafilático e insuficiência respiratória. Ocorre também destruição das hemácias e de células musculares, podendo levar a uma insuficiência renal. Diante desses sintomas, o paciente pode ser levado a óbito. Os acidentes causados por vespas representam quadros clínicos mais graves do que os acidentes causados por abelhas, pois necessitam de uma menor quantidade de picadas para evoluir para um quadro sistêmico grave.

As reações alérgicas podem ser locais ou sistêmicas. Nas reações locais ocorre a formação de um edema de tamanho de cerca de 10 cm de diâmetro que permanece por dias. Enquanto que as reações sistêmicas surgem minutos após a picada podendo ser de diferentes graus (I, II, III e IV). Nos graus I e II há a presença de urticária, edema e coceira. Já nos graus III e IV pode haver edema da glote, broncoespasmos que impedem a chegada de ar aos pulmões e choque anafilático que podem levar a morte da vítima.

Não existe um soro específico para picadas de vespas ou mesmo de abelhas para o tratamento, e o que ocorre, é a administração de drogas específicas para cada reação, alérgica ou tóxica, dependendo ainda de sua gravidade. Em reações tóxicas locais não há qualquer tratamento.

Como primeiros socorros, deve-se elevar a parte do corpo em que ocorreu a picada e realizar a hidratação com água. Aconselha-se aplicar compressa de gelo na região da picada e uso de analgésicos. Não se deve furar, cortar, ou aplicar torniquete na região da picada. Com o aumento do inchaço ou a existência de alergia local após a picada, é necessário o encaminhamento do paciente a um serviço de saúde mais próximo.

Prevenção aos acidentes com Marimbondo

Utilize roupas fechadas quando estiverem em locais com maior exposição a estes insetos; contate a assistência técnica para a remoção de favos e ninhos de vespas próximos ou na sua residência; não perturbe os ninhos de forma alguma.

 

Fonte: http://www.dedetizacao-consulte.com.br/dedetizacao-informativo.asp?cod=103

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